Justiça Eleitoral condena Pablo Marçal por difamação contra Tabata Amaral em entrevista durante pré-campanha
Os candidatos Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) durante coletiva de imprensa em 20 de setembro de 2024. Montagem/g1/Lourival Ribeiro e Rogerio Pallatta...
Os candidatos Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB) durante coletiva de imprensa em 20 de setembro de 2024. Montagem/g1/Lourival Ribeiro e Rogerio Pallatta/SBT A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o ex-candidato à prefeitura da capital Pablo Marçal (PRTB) pelo crime de difamação eleitoral contra a deputada federal Tabata Amaral (PSB). Marçal teria apontado a deputada como responsável indireta pela morte do próprio pai. A decisão foi publicada na quinta-feira (13). O episódio ocorreu em julho de 2024, quando ambos ainda eram pré-candidatos. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Marçal. Marçal afirmou em um podcast que Tabata teria abandonado o pai ao se mudar para os Estados Unidos para cursar a faculdade Harvard. Na sentença, o juiz eleitoral destacou que, mesmo no período de pré-campanha, o empresário levou ao público uma “desinformação relacionada à intimidade” da então pré-candidata. O juiz determinou que Marçal deverá pagar uma prestação pecuniária de 200 salários mínimos diretamente à Tabata. Além disso, ele foi condenado a 7 dias-multa, sendo que cada dia equivale ao valor de 5 salários mínimos. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Segundo o Ministério Público, Marçal atribuiu a Tabata um fato falso — o suposto abandono do pai em seu leito de morte — com a intenção de prejudicar sua imagem perante o eleitorado paulistano. A declaração foi feita em entrevista ao Podcast IstoÉ em 4 de julho de 2024. "Eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou ele, e ele deixou o alcoolismo. O pai dela, ela foi para Harvard, e o pai dela acabou morrendo. Igual imagino o que ela pode fazer com o povo de São Paulo", afirmou Marçal na ocasião. À época, Tabata desmentiu Marçal, chamou o ataque de "nojento" e "perverso", e afirmou que estava no Brasil quando perdeu o pai, aos 17 anos. De acordo com a denúncia, o comentário teve "ampla repercussão", e o vídeo já soma mais de 850 mil visualizações nas plataformas digitais, além de ter sido replicado pela imprensa e nas redes sociais.