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Inflação faz cesta básica de Campinas ter 2ª maior alta acumulada do Brasil, diz PUC

Preços da batata e do tomate dispararam em outubro em Campinas (SP) Freepik Um estudo do Observatório PUC-Campinas apontou que a cesta básica de Campinas (SP...

Inflação faz cesta básica de Campinas ter 2ª maior alta acumulada do Brasil, diz PUC
Inflação faz cesta básica de Campinas ter 2ª maior alta acumulada do Brasil, diz PUC (Foto: Reprodução)

Preços da batata e do tomate dispararam em outubro em Campinas (SP) Freepik Um estudo do Observatório PUC-Campinas apontou que a cesta básica de Campinas (SP) possui a 2ª maior alta acumulada do Brasil, atrás apenas de Porto Alegre (RS) entre as 16 capitais monitoradas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). De janeiro a outubro, a metrópole do interior paulista registrou inflação de 4,60% no valor dos 13 itens avaliados, contra 5,08% da capital gaúcha. No outro extremo, Brasília (DF) viu o preço da alimentação básica recuar 3,44% ao longo de 2025. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (17), junto com o custo da cesta básica de outubro. Depois de cinco meses de quedas consecutivas, o valor dos alimentos voltou a subir em Campinas, e fechou em R$ 777,81, alta de 0,44% em relação ao mês anterior (R$ 774,37). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias da região de Campinas em tempo real e de graça Apesar do aumento, a projeção de Pedro de Miranda Costa, docente do Observatório PUC-Campinas, é que os preços dos alimentos se acomodem nos últimos meses do ano, e que a variação anual da cesta não ultrapasse os 5%, alinhado com a inflação oficial. "A batata e o tomate são os que mais oscilam, pois são perecíveis e qualquer mudança no clima, por exemplo, já altera a oferta e isso impacta no preço. Mas temos observado que o arroz teve uma trajetória consistente de queda, a carne oscilou, mas nada que sinalize que vá subir. Tem vários fatores que indicam que os preços tendem a se estabilizar", diz Costa. Preço da cesta Considerando o valor da cesta, Campinas tem a quinta mais cara do Brasil, atrás de quatro capitais: São Paulo (SP), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ). Em outubro, seis dos 13 itens analisados tiveram alta nos preço em Campinas, com maior impacto da batata, do tomate e da farinha. A batata disparou 25,81%, enquanto o tomate teve aumento de 10,46%. "Esses produtos, sensíveis a variações climáticas e de safra, foram os grandes vilões do orçamento no período", indica o estudo. Peso no bolso A pesquisa também compara o custo dos alimentos com o salário mínimo. Considerando o valor de R$ 1.518, a cesta básica em Campinas compromete 51,2% do valor. 👨‍👩‍👧‍👦 Como a avaliação da cesta leva em conta o necessário para alimentar um trabalhador por um mês, ao considerar uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, a pesquisa aponta que o necessário seria três cestas básicas. 💸 Nesse caso, o custo somente com alimentação seria de R$ 2.333,43. Histórico de Versõeseseseses Veja os vídeos que estão em alta no g1 🔍 A cesta pesquisada Segundo a PUC, são aferidos valores de 13 produtos alimentícios e suas quantidades, os mesmos definidos em decreto lei em 1938. Na ocasião, a justificativa era que tais produtos garantiriam, no período de um mês, uma boa qualidade de vida para um trabalhador adulto. A avaliação do Dieese respeita os hábitos alimentares locais e, por isso, o Observatório PUC analisou as quantidades previstas nas avaliações da região Sudeste do Brasil. São eles: Açúcar: 3 kg Arroz: 3 kg Café: 600g Farinha: 1,5 kg Feijão: 4,5 kg Leite: 7,5 litros Manteiga: 750g Óleo: 750ml Banana: 90 unidades Batata: 6 kg Carne: 6 kg Pão francês: 6 kg Tomate: 9 kg A pesquisa O Observatório PUC-Campinas passou a monitorar os valores da cesta básica em Campinas desde setembro de 2022 e os dados são divulgados mensalmente. A metodologia é a mesma utilizada pelo Dieese. 🔍 Para chegar ao valor da cesta básica em Campinas, os pesquisadores apuraram os custos dos produtos em 28 estabelecimentos, todos em supermercados em bairros ao redor do perímetro do centro da cidade. 📅 As pesquisas são realizadas entre a segunda e terceira semana do mês, sempre no mesmo dia, para não haver influência sobre promoções em diferentes estabelecimentos. VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região na página do g1 Campinas.