Homem acusado de matar adolescente após confundi-la com PM durante selfie é absolvido por falta de provas

Jhonatan Bueno Martins de Camargo (à esq.) era foragido da Justiça por matar Khaylane da Silva Nascimento (à dir.) Reprodução Jhonatan Bueno Martins de Cam...

Jhonatan Bueno Martins de Camargo (à esq.) era foragido da Justiça por matar Khaylane da Silva Nascimento (à dir.) Reprodução Jhonatan Bueno Martins de Camargo, acusado de matar a adolescente Khaylane da Silva, de 15 anos, após confundi-la com um policial em Santos, no litoral de São Paulo, foi absolvido por falta de provas pelo Tribunal do Júri. O crime ocorreu em janeiro de 2020. Na ocasião, Khaylane foi atingida por um tiro na cabeça no bairro Bom Retiro. Segundo testemunhas, ela teria acionado o flash da câmera do celular para tirar uma foto com amigos em uma área considerada perigosa, o que pode ter levado criminosos a confundi-la com policiais. A Polícia Civil chegou até Jhonatan por meio de uma testemunha, que o reconheceu após ouvir conversas entre integrantes de um grupo criminoso. Ele foi localizado e preso preventivamente em abril de 2024, quatro anos após o crime. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Em novembro do mesmo ano, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou a pronúncia, ou seja, o encaminhamento para julgamento no Tribunal do Júri. Conforme apurado pelo g1, a defesa pediu a absolvição sumária ou a impronúncia por falta de provas, mas o juiz Felipe Junqueira D’Ávila Ribeiro entendeu que havia materialidade e indícios suficientes de autoria e decidiu pela pronúncia em 6 de janeiro de 2025. O julgamento ocorreu na terça-feira (26), às 13h, no Fórum de Santos. O réu respondeu pelo homicídio de Khaylane e pela tentativa de homicídio de outra adolescente, atingida por um tiro de raspão. Oito testemunhas foram ouvidas, e, por maioria de votos, o Júri absolveu Jhonatan, determinando sua soltura, já que as provas não o reconheceram como autor dos disparos. Beco onde Khaylane foi atingida com um tiro na cabeça após ligar o flash do celular para tirar foto de amigos. G1 Santos Relembre o caso Khaylane da Silva, de 15 anos, morreu após ser atingida por um tiro na cabeça em 31 de janeiro de 2020, em Santos. Segundo uma testemunha, a adolescente foi confundida com policiais ao ativar o flash da câmera do celular em uma área considerada perigosa. De acordo com um parente, ela estava em um beco próximo de casa, conversando com amigos, quando um homem passou correndo e disparou várias vezes. Um dos tiros atingiu Khaylane na testa, por volta das 21h30, no Caminho São José. Os amigos pediram ajuda a um vizinho, que levou a jovem e a mãe até a UPA da Zona Noroeste. Inconsciente, Khaylane foi transferida para a Santa Casa de Santos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Durante as investigações, testemunhas relataram ter visto cinco homens fugindo, dois deles armados. Uma delas reconheceu Jhonatan Bueno Martins de Camargo como o autor das falas após os disparos, e uma denúncia anônima também o apontou como responsável pelo homicídio. Entenda: o que é homicídio culposo e homicídio doloso? Quais as diferenças entre o homicídio culposo e doloso? VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos