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Emprego, renda, inflação: pesquisa aponta aumento no consumo da classe C na região de Campinas

Estudo do IPC Maps mostra que famílias da classe C, que representam a maior parcela dos domicílios urbanos, deve movimentar R$ 59,3 bilhões em 2025, alta de ...

Emprego, renda, inflação: pesquisa aponta aumento no consumo da classe C na região de Campinas
Emprego, renda, inflação: pesquisa aponta aumento no consumo da classe C na região de Campinas (Foto: Reprodução)

Estudo do IPC Maps mostra que famílias da classe C, que representam a maior parcela dos domicílios urbanos, deve movimentar R$ 59,3 bilhões em 2025, alta de 23,5% em relação ao ano anterior. Emprego, renda, inflação: pesquisa aponta aumento no consumo da classe C Uma pesquisa realizada pelo IPC Maps, que aponta o potencial de consumo das famílias brasileiras, indicou um salto no volume de gastos da "classe C" na Região Metropolitana de Campinas (RMC). O grupo que representa a maior parcela dos domicílios urbanos deve movimentar R$ 59,3 bilhões em 2025, alta de 23,5% em comparação com o ano anterior. De acordo com Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, indicadores que são explicados pela melhora dos níveis de emprego com carteira assinada e aumento da renda média, o que provocou uma escalada no consumo e também a melhora de condições sociais de algumas famílias. Fatores como a inflação também ajudam a explicar o aumento nos gastos, em especial nas despesas básicas, como moradia e alimentação - entenda abaixo. Migração social Segundo Pazzini, o aumento da empregabilidade, renda e consumo provocaram uma diminuição de moradores das classes D/E, e uma migração social para as classes C e B. Receba as notícias da região de Campinas no WhatsApp Os números de domicílios urbanos avaliados na pesquisa mostram crescimento da participação de famílias da classe B (com renda média mensal entre R$ 7.017,64 e R$ 12.683,34), aumento no número de domicílios da classe C (entre R$ 2.403,04 e R$ 3.980,38) e redução nas classes D/E (renda média mensal de R$ 1.087,77). Confira: Classe A: saiu de 55.950 (2024) para 56.921 domicílios em 2025, o que representa 4,8%; Classe B: pulou de 347.108 (2024) para 365.200 domicílios em 2025, e a participação nos domicílios urbanos cresceu de 29,9% para 30,9%; Classe C: tem o maior número absoluto de domicílios urbanos. Teve crescimento de 582.114 para 587.070 domicílios em um ano, mas a participação no percentual no total urbano reduziu de 50,2% para 49,6%. Classe D/E: caiu de 175.543 para 174.586 domicílios urbanos, e a participação percentual reduziu de 15,1% para 14,7%. Classe econômica pelo IPC-Maps - renda média domiciliar/mês A - R$ 26.811,68 B1 - R$ 12.683,34 B2 - R$ 7.017,64 C1 - R$ 3.980,38 C2 - R$ 2.403,04 D/E - R$ 1.087,77 Entregador sai de moto para delivery Chico Escolano/EPTV Potencial de consumo A classe C não é o grupo com a maior fatia do consumo projetado na RMC, mas é o que teve o maior salto na comparação com os gastos de 2024. E para famílias da classe C, as despesas com habitação, alimentação e veículo próprio lideram os gastos em 2025. Habitação: R$ 19.047.225.752 Alimentação no domicilio: R$ 6.069.376.862 Veículo próprio: R$ 5.801.640.508 Medicamentos: R$ 2.437.091.970 Alimentação fora do domicilio: R$ 2.178.102.452 Higiene e Cuidados Pessoais: R$ 2.147.992.521 Materiais de Construção: R$ 1.856.008.792 Plano Saúde / Trat. Médico Dentário: R$ 1.691.759.150 Vestuário Confeccionado: R$ 1.393.544.325 Educação: R$ 1.256.345.114 A classe B segue sendo responsável pela maior movimentação financeira, mas apresentou queda em relação ao ano anterior. Moradia, alimentação, veículos próprios Considerando toda a RMC, o potencial de consumo urbano segundo o IPC Maps aumentou 7,3% entre 2024 e 2025, pulando de R$ 160,42 bilhões para R$ 172,17 bilhões, crescimento de R$ 11,7 bilhões. Entre as categorias analisadas, moradia, veículo próprio e alimentação (no domicílio e fora de casa) concentram os maiores consumos das famílias. Marcos Pazzini destaca que cada uma dessas categorias tem uma características próprias no consumo das famílias. Despesa básica, a moradia envolve o pagamento de aluguel e contas como água, energia e internet, e o aumento dos gastos, de forma geral, pode impactar no consumo de outros itens, uma vez que "sobra menos dinheiro para outras coisas". Gastos com moradia representam maior fatia do consumo das famílias Reprodução/EPTV No caso do veículo próprio, o responsável pela pesquisa destaca que desde a pandemia esse consumo sofreu uma transformação, com maior protagonismo, uma vez que os gastos com os veículos, combustíveis e manutenções foram impulsionados por pessoas que começaram a trabalhar com entregas, por exemplo. "Houve uma mudança no cenário de consumo, e passou a ter uma despesa maior com veículos. Isso mexeu com o orçamento, mas também é uma fonte de renda", pontua. Já no caso da alimentação, Pazzini explica que o impacto no aumento de consumo projetado está mais relacionado com a inflação no setor, que tornou o grupo de alimentos mais caros. "O brasileiro costuma ser criativo, trocar e substituir alguns ingredientes, produtos, mas houve impacto em alguns itens básicos, de difícil substituição, como café, e por isso o aumento está mais atrelado a inflação", completa. Alimentação fora e no domicílio estão entre os maiores gastos das famílias Carlos Trinca/EPTV Veja mais notícias da região no g1 Campinas